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10 motivos para aplicação de bioestimulantes

Descubra como os bioestimulantes podem transformar a agricultura! Entenda sua ação no solo e nas plantas, conheça os tipos disponíveis e otimize suas lavouras.


No cenário atual da agricultura, produtores enfrentam desafios constantes para otimizar o manejo das lavouras e melhorar a interação das plantas com o ambiente. Tecnologias agrícolas inovadoras, como os bioestimulantes, têm despertado interesse por sua habilidade de promover processos naturais nas plantas, ampliando as condições para que elas se adaptem a situações adversas. Esses insumos são caracterizados por sua atuação no metabolismo vegetal, modulando funções fisiológicas que tornam as plantas mais preparadas para enfrentar variações climáticas, baixa fertilidade dos solos ou outros fatores que possam impactar o desempenho das culturas. 

O uso de bioestimulantes tem se mostrado uma ferramenta complementar às práticas de manejo, contribuindo para a obtenção de resultados consistentes na agricultura. Neste artigo, discutiremos como os bioestimulantes operam, quais são os principais tipos disponíveis e em quais cenários podem ser aplicados de maneira prática e vantajosa. Este conhecimento é indispensável para explorar todo o potencial desse manejo no campo, sempre considerando as demandas específicas de cada cultura.

Boa leitura!


O que são Bioestimulantes?

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (2021), os bioestimulantes são produtos naturais cuja composição, concentração e proporção podem variar, sendo aplicados diretamente nas plantas, no solo ou nas sementes. Esses insumos têm como objetivo principal influenciar processos fisiológicos que favorecem o desenvolvimento vegetal e a adaptação a condições adversas.

Os bioestimulantes se distinguem dos fertilizantes, que fornecem nutrientes, e dos defensivos agrícolas, que protegem as plantas contra agentes nocivos. Em vez disso, esses produtos atuam como ferramentas complementares, promovendo reações metabólicas que podem potencializar o desempenho das culturas. 

Eles são usados para acelerar a germinação, equilibrar os hormônios vegetais, estimular o crescimento radicular e promover uniformidade no desenvolvimento das plantas, a depender do tipo de bioestimulante utilizado.

Entre os principais efeitos fisiológicos associados ao uso de bioestimulantes, destacam-se:

I.    Germinação uniforme: facilita o processo inicial de desenvolvimento, garantindo sementes vigorosas;
II.    Qualidade das sementes: atua na viabilidade e no potencial produtivo das sementes;
III.    Equilíbrio hormonal: modula a produção de hormônios vegetais, como auxinas e citocininas;
IV.    Síntese de compostos bioativos: incrementa a produção de compostos fenólicos e outros metabólitos secundários;
V.    Melhorias na fotossíntese: estimula a eficiência no uso da luz e a assimilação de carbono;
VI.    Crescimento celular: promove a divisão, diferenciação e alongamento celular;
VII.    Desenvolvimento radicular e aéreo: favorece a formação de raízes mais profundas e sistemas foliares mais eficientes.

Esses efeitos ajudam as plantas a lidar com desafios ambientais, como déficit hídrico, salinidade, variações térmicas e a presença de pragas ou doenças.

 

Composição e tipos de Bioestimulantes

Os bioestimulantes podem ser classificados conforme sua origem, composição ou modo de ação. Abaixo, agrupamos os principais tipos, destacando suas características e mecanismos de atuação:

BIOESTIMULANTES NÃO MICROBIANOS
1.    Ácidos húmicos e fúlvicos: substâncias orgânicas provenientes da decomposição de matéria orgânica. Melhoram as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, como a capacidade de troca catiônica e a retenção de água, além de estimular a produção de hormônios vegetais.
2.    Peptídeos e aminoácidos: moléculas que constituem as proteínas, essenciais para funções celulares. Facilitam a absorção de nutrientes, possuem propriedades quelantes e oxidantes, e podem atuar como precursores de hormônios e enzimas.
3.    Quitosana e outros biopolímeros: biopolímeros que auxiliam na defesa contra patógenos e na recuperação de danos causados por estresse ambiental.
4.    Extratos de algas marinhas: ricos em aminoácidos, vitaminas, minerais e fitohormônios. Influenciam positivamente o desenvolvimento celular e tecidual, além de melhorar a absorção e utilização de nutrientes.
5.    Extratos vegetais: substâncias extraídas de plantas que atuam em múltiplos processos metabólicos, promovendo desde o crescimento até a tolerância a estresses ambientais.
6.    Compostos inorgânicos (fosfitos): compostos que atuam como bioestimulantes ao melhorar a resistência das plantas contra patógenos e influenciar o metabolismo celular.


BIOESTIMULANTES MICROBIANOS
1.    Micorrizas: fungos que formam associações simbióticas com raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes, especialmente fósforo.
2.    Bactérias Promotoras de Crescimento Radicular (PGPR): microrganismos que estimulam o desenvolvimento radicular, produzem hormônios e atuam como antagonistas de patógenos.


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A seguir, detalhamos dez motivos para a aplicação de bioestimulantes na agricultura:

1.    Melhoria da germinação das sementes: os bioestimulantes aceleram e uniformizam o processo de germinação, garantindo que as sementes desenvolvam plântulas vigorosas e com maior capacidade de enfrentar condições adversas.
2.    Desenvolvimento radicular: promovem o crescimento das raízes, aumentando a absorção de água e nutrientes. Isso fortalece o sistema radicular, essencial para culturas como soja e milho.
3.    Tolerância a estresses abióticos: auxiliam as plantas a suportarem condições adversas como seca, salinidade e temperaturas extremas, mantendo o desenvolvimento mesmo em situações desafiadoras.
4.    Equilíbrio hormonal: bioestimulantes como aminoácidos e ácidos húmicos favorecem o equilíbrio hormonal, promovendo processos naturais como divisão celular e alongamento, fundamentais para o crescimento.
5.    Melhoria na qualidade dos produtos agrícolas: contribuem para a melhoria de atributos como cor, teor de açúcar e uniformidade dos frutos, valorizando a colheita e agregando valor comercial.
6.    Promoção da fotossíntese e metabolismo: aumentam a eficiência da fotossíntese e estimulam o metabolismo, resultando em maior produção de energia e biomassa para a planta.
7.    Interação com microrganismos benéficos: proporcionam um ambiente ideal para microrganismos que fixam nitrogênio, solubilizam fósforo e inibem patógenos, otimizando a saúde do solo.
8.    Flexibilidade de aplicação: podem ser aplicados de diferentes formas — foliar, no solo ou em sementes — atendendo às necessidades específicas de cada cultivo e etapa de desenvolvimento.
9.    Redução dos impactos do estresse ambiental: atuam como aliados na agricultura frente à variabilidade climática, contribuindo para a manutenção da produção.
10.    Compatibilidade com práticas agrícolas modernas: integram-se facilmente a sistemas agrícolas inovadores, complementando fertilizantes e defensivos agrícolas.

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Desafios e Perspectivas

Apesar dos avanços, o uso de bioestimulantes enfrenta desafios como a falta de regulamentação específica em alguns países e a necessidade de padronização nos processos de extração e aplicação. 

No entanto, a crescente demanda por práticas agrícolas equilibradas e integradas estimula o avanço de pesquisas e tecnologias associadas a esses produtos. O mercado global de bioestimulantes continua em expansão, com previsões de crescimento significativo até 2029. Essa tendência reflete o interesse crescente por soluções agrícolas que combinem alta eficiência com menor impacto ambiental.

Considerações Finais

Os bioestimulantes, especialmente os derivados de algas marinhas, representam uma oportunidade única para modernizar a agricultura e enfrentar os desafios do século XXI. Sua ampla gama de benefícios e flexibilidade de uso tornam esses produtos indispensáveis para quem busca otimizar o manejo de lavouras e explorar todo o potencial das culturas. 

Ao integrar bioestimulantes às práticas agrícolas, os produtores podem alcançar maior eficiência, resiliência e qualidade em suas produções.

 

REFERÊNCIAS 
Bertolin, D. C. et al. Aumento da produtividade de soja com a aplicação de bioestimulantes. Bragantia [online]. 2010, v. 69, n. 2 [Acessado 30 novembro 2024], pp. 339-347. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0006-87052010000200011>. Epub 02 Mar 2011. ISSN 1678-4499.

CALVO, P., NELSON, L., KLOEPPER, J. W. Agricultural uses of plant biostimulants. Plant Soil, v. 383, n. 1-2, P: 3-41, 2014. 
 

Sobre o autor
Alasse Oliveira da Silva
Doutorando em Produção Vegetal (ESALQ/USP)
•    Engenheiro agrônomo e Técnico em agronegócio
•    Mestre e especialista em Produção Vegetal (ESALQ/USP)
•    alasse.oliveira77@gmail.com